Coisas de Laurinha

Eu falo quando eu quiser!

Posted on: 17 de setembro de 2010

Fazendo carinha meiga

Pois é. Ela agora já tem noção do que é uma câmera fotográfica e se diverte fazendo poses. Essa garota é muito inteligente, definitivamente.

Ela tem se mostrado cada vez mais interessada em ter companhia. É, exatamente. Ela não se socializa totalmente ainda, mas ela quer gente perto dela. E gente, vamos deixar claro, pessoas conhecidas.

Ela é desconfiada pra caramba (ainda bem!) e não dá trela pra quem não conhece.

Ao sair da escola, ela dá tchau para as tias, para os porteiros… Fala “tau” e acena a mãozinha.
Pra mim, nem pensar. 😛
Todo dia de manhã, eu a coloco no carro, seja da mamãe ou do papai e falo: “Tchau, Laura, boa aula”.
Sou sumariamente ignorada todos os dias. 😛

Aliás, além de falar tchau pras tias e pros porteiros, para a professora de inglês ela fala “bá” (de bye). O dia que fez isso pela primeira vez a professora de inglês quase teve um treco e ficou emocionada… *risos*
Vamos enfatizar, a classe da Laura não tem inglês ainda. Mas a professora circula pelos corredores e o armário de material fica bem em frente a sala da Laura e ela cumprimenta e fala em inglês com as crianças e até com alguns funcionários. E toda vez que ela encontra a Laura ela cumprimenta. E se despede também.

Então… É isso, ela fala quando ela quer, e o que ela quer.

Geniosa? Nááááá. Bobagem né?
Crianças de dois anos e cinco meses não podem ter um gênio tão forte e serem tão inteligentes, chantagistas e birrentas.

*PÉÉÉÉÉÉÉÉ*
Errado. Elas são. Temos que tomar um cuidado enorme, há uma linha muito tênue aí.
Saber sacar quando é manha e quando não é. Quando é chantagem emocional e não ceder. E não é fácil, cara.
Nós três aqui passamos apuros com a Laura. Ela já sabe exatamente quem cede a que tipo de chantagem e não hesita em ir direto nessa pessoa quando quer algo e sabe que não vai conseguir de outra.

Mas parte desse gênio dela é bom. O fato dela ser assim também é, de certa forma, uma defesa grande e um alívio para nós. Sabemos que ela não vai dar confiança para estranhos.


Aliás, deixa eu contar uma história legal sobre isso.
Uma vez por semana e, eventualmente quando necessário, eu a levo para a escola de taxi. E peguei o telefone de um motorista do ponto aqui perto, que normalmente está disponível e nos leva. Eu sempre ligo para ele primeiro antes de tentar no ponto o que faz com que a maioria das vezes ele nos leve.

Aconteceu pois que, ele não estava disponível, tinha um passageiro com hora marcada. Liguei no ponto e solicitei um taxi, que prontamente veio.

A Laura saiu para a garagem e… Não quis entrar no taxi. Não sozinha. Me pediu colo.
Com um pouco de dificuldade devido aos seus 16 kg e mais a mala da escola, fechei o portão e entrei no carro com ela. Ela ficou quieta, sentada do meu ladinho. Achei extrema graça, pois fazia tempo que ela não pedia colo. Então, me perguntei se ela havia ‘estranhado’ o motorista do taxi. E relembrei o comportamento dela com o outro motorista.
Ficou a dúvida no ar, afinal tudo na nossa convivência com uma criança é aprendizado. 🙂

Na semana seguinte, o motorista de sempre estava livre e veio nos pegar. Então pude confirmar: ela estranhou o outro carro e o motorista SIM. Ela já sabe muito bem a diferença.

O comportamento todo dela se mostrou diferente desde o momento em que ela saiu para a garagem. Mal eu abri o portão, ela andou sozinha até a porta traseira do taxi (que costuma encostar bem rente ao portão, porque já sabe que ela é civetta e sai correndo…). O motorista já abriu a porta enquanto eu fechava o portão e ela prontamente tentou subir sozinha. Não conseguiu por causa do declive da calçada e aliás, ficou irritadíssima por isso, resmungando no seu idioma silábico (na na, da da tei tei aaaaah, coisas assim). Logo cheguei, a ajudei a subir e o motorista estendeu sua mão para ajudá-la também. Ele tem uma filha de 4 anos então, ele sabe tratar com a Laura.

Ela sentou, eu puxei o cinto de segurança que coloco em nós duas, ela ergueu o bracinho para que eu passasse e foi falando boa parte do caminho… (é, no idioma dela). O motorista até riu e tentou conversar com ela, mas ela não responde. Ela responde para quem ela quer (como mencionei lá em cima).

Chegamos na escola, solto o cinto e a Laura, que definitivamente se sente ‘em casa’ no taxi dele, ficou de pé no banco e tentou arrancar o adesivo do vidro enquanto eu pagava a corrida. E toda semana, ele fala “Tchau, Laura.”, Eu digo “Dá tchau para o tio…”, mas ela nos ignora. Ele mesmo fala: “Um dia ela vai me dar tchau!”.

Ela pode ser criança, não falar (porque não quer!) e não entender algumas coisas.
Mas definitivamente, ela entende MUITO mais do que a gente imagina.

2 Respostas to "Eu falo quando eu quiser!"

Ela está cada dia mais fofa!
Mas basicamente é isso, aos dois anos e meio eles se transformam =D
hahaha
E o Thiago só falou quando quis e agora não cala a boca =P

CAra de que gosta de fazer uma boa arte …

Deixe um comentário

Insira seu e-mail aqui e receba avisos sobre novos posts!

Junte-se a 2 outros assinantes