Coisas de Laurinha

Archive for novembro 2008

A partir do quarto mês, fiquei com a impressão de que as mudanças eram praticamente diárias. A vivacidade e esperteza da Laurinha são surpreendentes. Dizem que os bebês de hoje são mais rápidos e eu acredito.
Os dentinhos começaram a se manifestar. Ela começou o que definimos como “minhocar”, que seria, ficar de bruços tentando se mover. Por vezes parece mais um peixe fora d’água se agitando. Mas é assim que funciona o desenvolvimento deles. A febre por causa do dentinho e também, das vacinas, foram um desafio para nós, pais e madrinha, que ficávamos preocupados e fazendo até vigília para medir a febre a cada duas horas durante a noite. Neste período também tivemos o primeiro tombo, quando ela aprendeu a rolar (caiu do trocador), bateu a cabeça pela primeira vez (se jogou pra trás e não deu tempo de segurar), enfim, coisas que fizeram com que eu e a Mamãe nos perguntássemos o quão compententes somos por permitir que tais acidentes ocorressem. Por mais que sejam normais, é muito assustador quando acontecem. Ainda mais que o maior índice de mortalidades infantis acontece até os 3 meses. Depois desse período, a apreensão vai diminuindo conforme os meses avançam. Mas cada mês traz uma novidade boa, cada dia é um aprendizado diferente e vale a pena.
Outra novidade foi a escolinha, conforme o post da Mamãe. O período de adaptação foi muito duro, pra gente. Simpática e bem humorada como é, Laura se adaptou bem. Sorridente e muito tranqüila, nossa tortuguita deu um show de liberdade invejável. Não tive coragem de ir no primeiro dia. Covarde, podem me chamar de covarde, mas não queria ver ela lá, sem a gente. A mamãe foi, disse que se emocionou, claro.
Foi na escolinha que tomou o primeiro suquinho (de laranja lima!), teve aulas de música, recreação com outras crianças (quase todas no carrinho, como ela) enquanto nós observávamos pela webcam que a escola possui. Pelo menos era um jeitinho de vê-la enquanto estava longe. Aliás, o preço das escolinhas/berçários é assustador. Tem escolinha que custa mais que uma faculdade.
Ainda nesse período, tivemos batizado, uma cerimônia muito importante para todos os familiares. Orgulhosa, segurei nossa tartaruguinha juntamente com o Dindo Claudio, enquanto o padre proferia as palavras e derramava água na cabeça dela. Aliás, ela não gostou nadinha da água na cabeça. Talvez porque estivesse dormindo pouco antes dessa parte do rito de batismo. Não deve ser nada agradável mesmo ser acordada com água na cabeça. Foi também a primeira vez que ela dormiu fora de casa. Não foi problema algum, ao que parece, desde que se sinta segura e confortável, a Laura dorme bem. Os avós paternos ficaram muito orgulhosos e contentes por ela ter ido até lá.
O comportamento dela começou a mudar neste período, pois ela passou efetivamente a reconhecer as pessoas. Isso fez com que se tornasse mais séria às vezes. Antes ela até sorria ao sorrirem pra ela. Agora, quando a pessoa é estranha, depende mais do humor dela que outra coisa. Começou a enxergar mais nítido, fixar o olhar. Ruídos que antes não a assustavam, porque não ouvia completamente, agora passaram a atrapalhar seu sono. Foram muitos sustos com latidos dos cães, portas que bateram, entre outras coisas.
Aprendeu a sentar, embora perdesse o equilíbrio, caindo pros lados ou para trás. A colocávamos no sofá e cercávamos de almofadas para escorá-la. Foi fascinante acompanhar esse desenvolvimento. Essa evolução foi praticamente diária. Aos poucos foi se equlibrando. Parou de cair pra trás, depois pra frente. Os lados, demorou um pouco mais. A fase de colocar tudo na boca intensificou. Não podemos marcar um segundo sequer. É nesta fase que podemos deixá-la rasgar revistas velhas, pra ajudar a desenvolver a coordenação mootora. E ela gosta muito.
Um de seus brinquedos favoritos durante o tempo em que “sobreviveu”, foi uma mola colorida de plástico. Na verdade, acabamos providenciando mais outras três, que já se foram também. 🙂
Ela também desenvolveu um tipo de código com o Tamuz, nosso cão. Ele gosta muito de lambê-la e ela, por sua vez, adora que ele o faça. Então, ela estica sua mãozinha, ele já sabe que ela está chamando. Como é que eles se entenderam, não sabemos. 🙂
A maior dificuldade é mantê-lo longe dos brinquedos dela… Mas temos um outro problema agora: ela oferece alguns brinquedos pra ele… Fica complicado chamar a atenção do cão desse modo.
Sua personalidade também está aflorando. Quando quer algo e negamos, ela grita irritada. É uma fase fundamental, a linha tênue entre criar uma “Princesa” ou uma “Tirana” está traçada e cabe a nós guiá-la para um equilíbrio, sem agredir sua personalidade que está surgindo. Tem vezes que não é nada fácil diferenciar manha de choro de verdade. Pra nós, é meio que tentativa e erro.
De qualquer modo, cada dia traz uma novidade e aquele sorriso maravilhoso a cada brincadeira vale muito a pena…

Passaram-se quatro meses desde a última postagem. O tempo corre e nem sempre dá pra acompanhar e fazer tudo o que queremos.

As imagens serão recolocadas em breve, o servidor mudou, por isso elas sumiram.


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